Hoje vinha da casa de uma amiga no comboio e decidi para tornar a viagem menos longa ler o belo do jornal, e deparei-me com este artigo...que na minha opinião dá que pensar...
"Ultimamente fala-se mais em
amizade colorida ou amizade com benefícios do que em namoro. O namorado(a) passa a ser um(a) amigo(a) especial e, em vez de amor e compromisso, é o sexo que ocupa lugar primordial, ficando em aberto a disponibilidade para relações amistosas e sexuais com vários parceiros.
A
monogamia está a passar de moda porque é sinónimo de rotina e consequente enfado. A fidelidade e a responsabilidade são conceitos que aterrorizam uma considerável parcela da humanidade, hoje em dia.
Ou porventura não seja assim tão linear. Esta mudança de atitudes e valores talvez tenha muito a ver com o facto de que, desde sempre, numa grande percentagem de relacionamentos, a ideia de monogamia ou compromisso unicamente existia em teoria, a camuflar comportamentos díspares, encobrindo vidas paralelas.
Afinal o que mudou, para muitos, foi o assumir de uma situação que, na realidade, já existia, com o acrescentar de uma fraseologia adequada.
É certo que ainda se continua a viver num mundo de aparências, onde os preconceitos sociais nos levam a proceder segundo uma determinada ética, ainda que para isso sejamos forçados a negar quem somos, o que queremos e as escolhas que fazemos. Contudo, há uma maior abertura e arrojo em assumirmos aquilo que valorizamos e o modo como desejamos viver, sem nos incomodarmos com as reprovações dos outros. E, afinal de contas, porque dar tanta importância ao conceito que esses outros têm de nós, quando, muitas das vezes, os seus procedimentos, se fossem conhecidos, estariam bem longe de ser aceites ou glorificados? A hipocrisia e falta de honestidade regem as vidas daqueles que são os primeiros a censurar os que decidem fugir à norma e mostrar-se tal como são, sem disfarces.
A frontalidade de alguns vem abanar os alicerces em que sempre nos movemos e até é possível que seja mais fácil acolhermos aquilo que sabemos ser falso ou duvidoso, agarrando-nos, subconscientemte, à noção que temos da realidade construída, somente, por nós. Necessitamos do conforto de nos sentirmos amados e da ideia de exclusividade nas nossas relações passionais ou matrimoniais, quer apreciemos ou não a precariedade das nossas aspirações.
Assim, embora por vezes demos a entender estarmos perfeitamente à vontade numa dessas amizades com benefícios, e até cheguemos a valorizá-las, enaltecendo as suas vantagens, muitos de nós preferiríamos a segurança de um compromisso, ainda que simulado. Por um lado, acatamos a sinceridade do nosso parceiro, encetamos um relacionamento, conhecedores e concordantes com as regras estabelecidas; por outro lado, existe em nós uma discordância e perplexidade, de tal modo carecemos a formalidade a que nos habituámos.
Somos ou não somos seres complexos? E abençoada seja a nossa complexidade! "
Julieta Ferreira
Agora o que eu pergunto... é mau quer um namoro em vez de uns beijinhos e companhia de meia hora?? Ainda há quem queira isso ou realmente é totalmente verdade está cronica...? Ainda existem casalinhos apaixonados e casamentos felizes ou isso é apenas uma farça??Um tanto, ou quanto ceptica,
Sue
*.*
